3 anos de ralação

 

Se pensei em desistir?
Sim! Todos os dias.

Mas algo fez continuar.
 

Não estou aqui para chorar o leite derramado, mas quando lancei a revista não imaginava como seria complicado ser independente.

 

Esse papo de ser independente fecha mais portas que macumba na encruzilhada.

Ser independente nesse caso significou não ter o que oferecer em contrapartida aos possíveis parceiros.

Foram inúmeras ações para tornar o projeto viável do ponto de vista econômico e de distribuição.
Mas, como criar parcerias sem oferecer publicidade nas páginas?

Sinceramente entendo as empresas e amigos que se negaram a participar do projeto, pois como disse, a contrapartida da PBMAG é apenas o amor à fotografia.

Aprendi que isso não existe!
É apenas uma ilusão de marketing usada para captar leads em treinamentos e webnários.

Aos poucos fiquei isolado.

Convites sumiram, as críticas aumentaram, e o veneno também.

Quando percebi estava sem “amigos” do mercado fotográfico.
 
Muita gente se distanciou, cada um por seu motivo.
 
Poucos, porém verdadeiros ficaram no feed sem criticar.
 
Por outro lado, muitos desconhecidos tornaram-se leitores fieis da revista.
Apoiando, comprando, compartilhando tudo que fizemos em nome da PBMAG.
 

Confesso que é uma sensação estranha, porém libertadora não ter que me preocupar com a agenda dos congressos e eventos de fotografia.

A esse período que considero sabático em minha fotografia, pude perceber quem realmente eram os amigos.
Os verdadeiros hoje, posso contar apenas em uma das mãos.

Como disse, foi libertador pensar que das milhares de pessoas que me acompanharam durante esses anos, menos de uma dezena realmente se importava com a pessoa por trás do personagem que publicou livros, compartilhou conteúdo e emocionou platéias.
 

Enfim, escrever sobre isso também é libertador.

Fez sentir o prazer em ter mais um sonho realizado.

Sonhar, acreditar e realizar – mesmo que na contramão do mercado.

Sabe aquela sensação de dever cumprido?

9 edições independentes!

Tyto Neves