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História de pescador

Ontem pesquei uma tilápia de 1.275kg!

  Assim que senti a fisgada percebi que era um peixe grande.   A euforia tomou conta de meus filhos, pois afinal o “papai pegou um peixão igual ao vovô”… Calmamente – coisa rara de acontecer – falei para meu filho:   – Filho, segura a vara para sentir o peixe puxar. ” Noooosaa papai! que legal!!! vamos levar para casa?! Tranquilamente respondi: – Calma filho, agora é a vez de sua irmão sentir o peixe puxar. – Filha, sente como é legal! ” Noooooa papai, que legal, que legal, que legal!!!   Imaginem a cena de duas crianças felizes gritando no pesqueiro.   – Bom, agora o papai vai tentar tirar ela da água, pois a linha pode arrebentar. Silêncio total no pesqueiro.   Misturas de sentimentos e busca rápida de informações distantes e ocultas na memória de um filho de pescador. Lembrei de meu pai, e das poucas vezes em que estivemos juntos pescando – afinal eu nunca gostei de pescar…

Foco Tytão! Você precisa tirar o peixe da água!

Segurando firmemente a vara de pesca me aproximei da margem, à medida em que puxava a linha com movimentos lentos.   ” Cuidado papai, ela pode escapar!” – Filha, isso não importa. O importante foi vocês dois terem sentido o peixe puxar. Pronto! Peixe fora d´água, alguns arranhões nas mãos – devido a minha larga experiência na arte da pesca – e uma revitalização sem igual.   Agora faço parte do seleto grupo dos contadores de “história de pescador”.